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Suspensa pela Anac, Voepass é 4ª maior aérea do país e recuou após acidente

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Companhia fica atrás somente das três “gigantes” que controlam mercado e movimentou 729 mil passageiros no último ano

Suspensa na manhã desta terça-feira (11) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Voepass é a quarta maior companhia aérea do país e teve declínio em suas operações após o desastre em Vinhedo (SP), em agosto de 2024, que deixou 62 mortos.

Segundo dados da própria Anac, a aérea é responsável por 0,3% do mercado, ficando atrás somente das três gigantes que controlam o segmento no Brasil — Latam (39,2%), Gol (30,4%) e Azul (29,9%).

Essa participação é medida pelo RPK (Revenue Passenger Kilometres, em inglês) é o indicador que mede demanda, multiplicando o número de passageiros pagantes pelos quilômetros viajados.

De acordo com o indicador, a operação da Voepass recuou 11% entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. Nos doze meses anteriores ao acidente, era responsável pelo maior avanço entre as aéreas brasileiras, de 39%.

A companhia movimentou no último ano 729 mil passageiros. Estes viajantes estiveram distribuídos em 37 destinos.De acordo com o Planespotters, a companhia opera hoje 11 aeronaves, sendo todas da fabricante Avions de Transport Régional (ATR). A média de “idade” das aeronaves é de 17 anos.

A empresa foi fundada em 1995 e se chamava inicialmente Passaredo. Em 2019, a companhia comprou a MAP Linhas Aéreas, com sede em Manaus, e passou a se chamar Voepass.

Ministério se posiciona

O Ministério de Portos e Aeroportos classificou a decisão da Anac como “acertada”. “A medida cautelar visa, de forma temporária, solicitar que a empresa melhore sua governava e fortaleça ainda mais a segurança dos voos no país”, escreveu.

Em nota sobre a suspensão, a Anac informou que a decisão acontece por conta de violações nas condições de segurança estabelecidas pela agência.

Ainda segundo a publicação, a suspensão é de caráter cautelar, e valerá até que seja comprovada a “correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamento”.

De acordo com a agência, após o acidente aéreo de agosto de 2024, na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo, houve a implementação de uma operação de fiscalização da Anac nas instalações da empresa de transporte aéreo.

Durante a operação, funcionários da agência estiveram presentes nas bases de operação e manutenção da Voepass, a fim de verificar e garantir o nível de segurança das operações.

Segundo a nota, em outubro de 2024, medidas como a redução da malha, aumento do tempo de solo para manutenção, troca de administradores e planos para correlçoes de irregularidades nas aeronaves foram exigidas pela agência.

Porém, no fim do mês passado, após uma nova rodada de vistorias, foi identificada “a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela Agência”, informou a Anac.

A Anac orientou os passageiros afetados pelos cancelamentos dos voos a procurar a empresa ou a agência de viagens responsável pela passagem, para realizar o reembolso ou a reacomodação para outras companhias aéreas.

Via CNN Brasil

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