Seleção de filmes e séries em plataformas digitais
A dica da semana é a série “The Americans”, com todas as temporadas disponíveis na Amazon Prime
“The Americans”
Série retrata a espionagem soviética nos Estados Unidos durante a guerra fria
Ao final da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética passaram a competir pela posição de potência hegemônica global, tanto no âmbito militar quanto ideológico.
Ao longo de todo conflito, a espionagem foi uma estratégia fundamental para coleta de informações privilegiadas de ambos os lados.
Atualmente, pouco se sabe das verdadeiras missões desses espiões, o que cria um vasto espaço para imaginação, preenchido por diversas produções cinematográficas.
Uma das mais recentes é “The Americans”, uma série original da FX com todas as temporadas disponíveis na Amazon Prime.
Com uma casa no subúrbio da Virgínia, uma renda estável e dois filhos, Elizabeth (Keri Russell) e Philip Jennings (Matthew Rhys) parecem viver o sonho americano tão anunciado ao longo dos anos 80, quando o governo americano utilizava também da propaganda para propagar a ideologia do capitalismo.
No entanto, Elizabeth e Philip estão longe de serem um fruto desse marketing – ambos são espiões da KGB, a principal agência de serviços secretos da União Soviética, infiltrados nos Estados Unidos.
Altamente treinados, eles não se conheciam antes de serem enviados ao país norte-americano.
Contudo, munidos de um sentimento comum de lealdade, eles fazem de tudo para executar suas missões e não serem descobertos.
Porém, quando o agente do FBI Stan Beeman (Noah Emmerich), que possui um caso com uma agente dupla do consulado russo, se muda para casa da frente, Elizabeth e Philip sentem que a declaração do presidente Ronald Reagan, de que a União Soviética era o maior inimigo do país, acabara de se materializar na frente deles.
Assim, eles precisam aprender a manter uma relação positiva com Stan, mas sem que isso levante suspeitas nele ou que essa convivência abale, de alguma forma, o comprometimento deles com a causa soviética, mesmo com filhos americanos que nunca suspeitaram da verdadeira profissão dos pais.
Clique aqui para assistir ao trailer de “The Americans”.
Entre pais e filhos
Kevin Heart estreia o emocionante filme “Paternidade” na Netflix
Até hoje a sociedade atribui à mulher o papel de principal cuidadora dentro de uma família, o que leva a criação de expectativas inalcançáveis com a maternidade.
Enquanto isso, essa cobrança não possui contrapartida para os homens, o que só reforça os estereótipos de gênero e é especialmente negativo para aqueles que criam seus filhos sozinhos.
E é nesse contexto que se passa “Paternidade”, o novo longa da Netflix, que estreia dia 18 de junho e é uma adaptação da autobiografia de Matthew Logelin intitulada “Two Kisses for Maddy” (Dois beijos para Maddy).
A história se inicia com a apresentação de Matt (Kevin Heart) e Liz Logelin (Deborah Ayorinde), um casal que aguarda ansiosamente pelo nascimento da primeira filha.
Apesar do parto ter ocorrido normalmente e a pequena Maddy (Melody Hurd) chegar ao mundo com muita saúde, apenas 27 horas depois, Liz sofreu de uma embolia pulmonar e morreu instantaneamente.
Assim, Matt se vê numa situação extremamente delicada, onde ele precisa cumprir com todas suas obrigações parentais, mas também processar seu luto.
Para piorar a situação, sua família toda vive em Minneapolis, longe demais de sua vida em Boston.
Em muitos momentos, Matt duvida da sua capacidade como pai, mas em nenhum momento ele deixa que a pressão dos outros o impeça de continuar a fazer o impossível por sua filha.
Com o passar dos anos, passa a ser cada vez mais difícil para ele cumprir o papel tanto de mãe quanto de pai, principalmente quando Maddy passa a pedir para ele arrumar seu cabelo e o questiona do porquê sua família ser diferente das demais.
No entanto, mais do que tristezas, o filme conta uma história de amor incondicional e como ele foi central para que Matt superasse o momento mais delicado de sua vida.
Clique aqui para assistir ao trailer de “Paternidade”.
Um verão transformador
No novo filme da Disney Plus, dois jovens amigos monstros marinhos irão se disfarçar de humanos e se aventurar por uma cidade na Riviera italiana
O novo filme da Pixar, “Luca”, chega à Disney Plus no dia 18 de junho e estará disponível para todos os assinantes do serviço, sem nenhum valor adicional.
A estreia será feita exclusivamente pela plataforma de streaming, ou seja, o longa não será exibido nos cinemas.
A animação é ambientada na Riviera Italiana, uma facha costeira que se estende por parte do litoral do país, e conta com a direção do cineasta e ilustrador italiano Enrico Casarosa, nomeado ao Oscar de Melhor Animação em Curta-metragem por seu trabalho em “La Luna”.
O filme conta a história de Luca Paguro, um monstro marinho que, apesar de conseguir se transformar em um menino humano quando longe da água, é proibido pelos mais velhos de explorar a superfície.
Porém, depois de conhecer o seu novo melhor amigo Alberto Scorfano, um monstro de sua idade que não teme o perigo de explorar o mundo extra marinho, Luca vai ficar cada vez mais curioso pela vida que existe fora do mar.
Escondidos, os dois vão se aventurar pela cidade de Portorosso, onde irão encontrar Julia, uma menina que vive na região e que se identifica com o aspecto “azarão” dos meninos, mas que nem desconfia da verdadeira identidade dos dois.
Inspirada na infância do próprio diretor Casarosa em Génova, “Luca” é um filme sobre amizade e amadurecimento, que irá explorar como as relações criadas na juventude são importantes na formação do caráter individual.
Além disso, a incrível animação destaca a beleza da paisagem costeira italiana com cenários que, em termos de qualidade, não ficam para trás de outras produções recentes das empresas que tiveram estreia nos cinemas, como “Raya e o último Dragão”.
Sendo assim, mais uma vez a Disney se propõe a criar um filme que não apenas seja relevante para qualquer idade, mas que cative a todos.
Clique aqui para assistir ao trailer de “Luca”.