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Projeto Água Vida instala viveiro de mudas de árvores nativas em Bonito

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Mudas de espécies nativas da região utilizadas na recuperação de áreas degradadas

Entre segunda-feira (5) e sexta-feira (9), projeto vai instalar viveiro de mudas de árvores nativas em Bonito, para ajudar na recuperação do Pantanal. O fotógrafo e ambientalista Mário Barila retornará ao Pantanal após cinco anos para continuar as ações socioambientais do Projeto Água Vida, visando contribuir para a recuperação deste importante bioma localizado no Mato Grosso do Sul.

Nos últimos anos, o Pantanal tem sido gravemente afetado pelo desmatamento e queimadas. Nesta etapa, o destaque é a instalação de um viveiro em um sítio de assentamento próximo a Bonito para cultivar mudas de espécies nativas da região, que serão utilizadas na recuperação de áreas degradadas.

O local será o berço de mudas frutíferas e silvestres, especialmente de Manduvi, também conhecida como amendoim-de-bugre ou amendoim-de-arara, muito procurada pelas araras azuis que instalam seus ninhos nas cavidades do tronco e se alimentam das sementes. “Manduvi é fundamental para a preservação da ave. Porém, a quantidade de árvores dessa espécie vem diminuindo com as queimadas e é importante recuperar o número de árvores essa espécie. 

A criação de mudas no local tem como objetivo tornar o processo de recuperação da região mais efetivo, garantindo o fornecimento contínuo das espécies para áreas que necessitam de reflorestamento, segundo Barila. O ambientalista ressalta que é preciso criar uma estrutura, para intensificar a recuperação do Pantanal. O bioma brasileiro vem sendo seriamente degradado ano a ano, tanto pelo desmantamento para ampliação da área de pastagem e plantio, como também pelas queimadas e estiagem agravada pelo aquecimento global.   

A nova etapa no Pantanal do Projeto Água Vida complementa a ação iniciada em 2019, quando foram doadas cerca de mil mudas de árvores ao ICMBio, para o trabalho de reflorestamento da mata ciliar às margens do Rio Perdido, no Parque Nacional da Serra do Bodoquena. A reserva ambiental abriga mais de 340 espécies de aves, 195 de mamíferos e 50 de peixes. A ação também financiou a confecção de caixas-ninho, instalados no parque para procriação da arara-azul. Todas as iniciativas do projeto foram financiadas com recursos obtidos com as vendas de fotos de Mário Barila.

Projeto Água Vida

Criado em 2014 pelo fotógrafo e ambientalista Mário Barila, a iniciativa tem como objetivo desenvolver e realizar ações em prol da preservação e educação ambiental, além de resgate de cidadania, destacando a importância vital da água para a vida do planeta. As ações são financiadas com a venda de suas fotos e doações de parceiros.

Economista de profissão, Mário Barila passou a se dedicar à fotografia, sua paixão desde a adolescência. Ao se aposentar, especializou-se na arte da fotografia com o renomado fotógrafo Araquém Alcântara, famoso por retratar a fauna e flora brasileira.

Sensibilizado com pessoas em situação de extrema pobreza e as questões ambientais encontradas em suas viagens pelo Brasil e exterior, Barila resolveu usar a fotografia para apoiar as causas socioambientais. É através de sua câmera que ele registra fotos da natureza ameaçada pelo homem, espécies em extinção, a realidade das comunidades locais, assim como a luta pela preservação da vida e do planeta.

Via Enfoque MS

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