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“Poderemos perder o Pantanal até o fim deste século”, alerta ministra Marina Silva

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Informação foi dita pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em discurso na audiência pública da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, realizada nesta quarta-feira (4)

O Pantanal, localizado nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, caminha para o seu fim absoluto. No avanço da crise climática, com incêndios florestais e desmatamento, o bioma pode desaparecer por completo ao final deste século.

A informação foi dita pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em discurso na audiência pública da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, realizada nesta quarta-feira (4).

Segundo ela, as mudanças climáticas, associadas ao fenômeno de baixa precipitação, altas temperaturas e elevado processo de evapotranspiração, poderão gerar perdas como o desaparecimento do bioma Pantanal."Poderemos perder o Pantanal até o fim deste século", alerta ministra Marina Silva"Poderemos perder o Pantanal até o fim deste século", alerta ministra Marina Silva

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram 68,3 mil focos de queimadas em agosto deste ano, um crescimento de 144% em relação ao mesmo período de 2023. Os incêndios no Pantanal em 2024 foram os piores de toda a história.

“Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o fim deste século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios, nem da planície alagada”, afirmou.

“A cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas. Você prejudica toda a bacia e assim, segundo eles, até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta”, continuou a ministra.

A ministra defendeu que o Congresso crie um marco regulatório de emergência climática diante de 1.942 municípios em situação de risco climático extremo. Ela negou que a pasta sofra cortes governamentais para ações como o combate aos incêndios.

Marina ainda afirmou que são necessárias políticas públicas com base em evidências e ações conjuntas com o setor privado e que se o atual governo não tivesse reduzido o desmatamento, a situação estaria “incomparavelmente pior”.

Via Enfoque MS

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