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Lava Jato

Odebrecht pagou propina a Eduardo Paes em troca de contratos nas Olimpíadas 2016

Redação

[Via Correio do Estado]

A delação premiada da Odebrecht revela que o ex-prefeito Eduardo Paes recebeu cerca de R$ 15 milhões facilitar contratos relativos às Olimpíadas de 2016. Ele também é citado por intermediar o caixa dois da campanha do deputado federal  Pedro Paulo (PMDB-RJ). Ambos  estão entre os alvos de investigações autorizados pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações do inquérito, disponibilizado nesta terça-feira (11) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, eles serão investigados pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de dívidas, com base nas delações premiadas de três executivos da construtora: Leandro Andrade Azevedo, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Luiz Eduardo da Rocha Soares.

De acordo com Benedicto Barbosa, o homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht, o prefeito, conhecido como “Nervosinho” nas planilhas, a  transação aconteceu em 2012, sendo R$ 11 milhões repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões, por meio de contas no exterior.

Em nota, Eduardo Paes afirma que é "absurda e mentirosa a acusação de que teria recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos. Ele nega veementemente que tenha aceitado propina para facilitar ou beneficiar os interesses da empresa Odebrecht. E reitera que jamais aceitou qualquer contrapartida, de qualquer natureza, pela realização de obras ou projetos conduzidos no seu governo. Paes ressalta que nunca teve contas no exterior e que todos os recursos recebidos em sua campanha de reeleição foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral."

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