Maioria da população da Capital tem boa expectativa econômica para 2025
A pesquisa IPR/Correio do Estado aponta que 50,73% acredita que a economia deste ano será melhor que a do ano passado
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Resultado (IPR) e Correio do Estado junto a 412 moradores do município de Campo Grande, entre os dias 20 e 22, revela que a maioria da população campo-grandense acredita que a economia deste ano será melhor que a do ano passado.
O levantamento do IPR/Correio do Estado perguntou quais as expectativas econômicas para 2025, e 50,73% dos entrevistados afirmaram que acreditam que a economia será melhor que a do ano passado, enquanto 25,73% apontaram que esperam um ano pior que 2024 quando o assunto é a economia.
Ainda conforme o levantamento, outros 17,72% apontam que haverá estagnação, ou seja, o comportamento econômico será igual ao do ano anterior, e 5,83% não souberam ou não quiseram responder.
O estudo foi realizado com moradores de Campo Grande com 16 anos ou mais e o método de amostragem utilizado foi a amostragem por conglomerados e aleatória simples.
A margem de erro considerada para essa pesquisa é de 4,9 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
Para o economista Eduardo Matos, a maioria da população faz uma avaliação da economia de acordo com a sua situação pessoal: “Os fatores que corroboram para um otimismo da população campo-grandense estão muito relacionados com, principalmente, emprego, renda e a qualidade de vida no sentido de acesso a produtos e serviços e também a satisfação com a dinâmica econômica”.
Outro ponto destacado pelo economista é o nível elevado de empregos em Mato Grosso do Sul como um todo, que corrobora para uma visão otimista.
“Por mais que estamos em um momento de pressão inflacionária, o consumo das famílias, em especial aqui em Campo Grande, não foi tão impactado. Então, os munícipes acabam enxergando de maneira positiva o ambiente econômico em que está inserido. Para 2025, e agora uma visão mais macro, se ocorrer os ajustes que o governo federal pretende implantar, é possível que o cidadão brasileiro sofra com um aperto monetário. Isso para segurar as pressões inflacionárias”, finaliza.
Para o mestre em Economia Eugênio Pavão, apesar do otimismo local, a perspectiva da macroeconomia é de uma leve desaceleração.
“A situação atual é de otimismo, por conta do crescimento do ano passado, com a renda permitindo o consumo, tanto a renda do trabalho como os lucros e os benefícios sociais”, diz e completa.
“Os impactos do dólar estão sendo reduzidos pela autoridade monetária ao ‘colocar’ dólares das reservas em circulação. O governo terá dificuldades para conter a inflação dos alimentos, por conta da conjuntura internacional. Nem pessimista como os opositores, nem otimistas como os apoiadores, a economia em 2025 será um desafio”, reitera Pavão.
MATO GROSSO DO SUL
Conforme já adiantado pelo Correio do Estado, Mato Grosso do Sul deve registrar o maior crescimento econômico do Brasil neste ano, conforme projeções do relatório regional do Banco do Brasil.
O Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos, deve alcançar um aumento de 4,2% no Estado. A expansão da indústria e a diversificação da produção agrícola são os principais fatores que impulsionam esse resultado, posicionando Mato Grosso do Sul no topo do ranking nacional.
Com esse cenário, o PIB do Estado deve superar a média nacional pelo quarto ano consecutivo. Segundo o estudo do Banco do Brasil, o crescimento médio do Brasil está estimado em 2,2%. A economia de MS vem apresentando desempenho superior à média do País desde 2022.
O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, celebrou as projeções positivas para este ano.
“Mato Grosso do Sul destaca-se não apenas pelos números, mas também por sua política de desenvolvimento fortemente planejada, baseada no equilíbrio fiscal, na sustentabilidade, no agronegócio e alinhada às diretrizes da nova indústria brasileira. Esses pilares têm consolidado o Estado como uma referência no cenário econômico nacional”, explica.
Via Correio do Estado MS