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Geração de empregos em MS tem o pior resultado para o 1º trimestre desde 2020

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O saldo acumulado de janeiro a março foi de 14.361 vagas, queda de 16% ante o mesmo período do ano passado

Mato Grosso do Sul fechou o primeiro trimestre de 2023 com um saldo positivo de 14.361 empregos com carteira assinada criados. O número é o menor para o período desde 2020, quando o resultado entre admissões e demissões foi de 7.913 vagas de trabalho.

No comparativo com o primeiro trimestre de 2022, quando foram criadas 17.120 vagas, a queda é de 16,1%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Conforme economistas ouvidos pelo Correio do Estado, a instabilidade político-econômica contribuiu para o crescimento mais lento.

O doutor em Economia Michel Constantino explica que o ano passado foi muito positivo para a economia, mas neste ano já é esperado um menor crescimento econômico.

“Há vários fatores, mas principalmente as incertezas no futuro, as empresas acabam reduzindo seus investimentos e as contratações quando não existe uma visão de melhoria”, explica o economista.

Para o mestre em Economia Eugênio Pavão, a alta da Selic, taxa básica de juros, contribui para frear o crescimento dos investimentos e, em decorrência disso, há uma menor abertura de vagas de trabalho.

“Os juros altos provocam a redução da retomada dos investimentos, menos financiamento à produção, empregos, etc. O que provoca, sem dúvidas, um processo recessivo”, disse.

A Selic se mantém em 13,75% desde setembro do ano passado. A taxa básica da economia brasileira faz com que todos os setores aumentem os juros também. Atualmente, o governo federal pressiona o Banco Central para reduzir a Selic.

“A retração econômica gerada pela alta dos juros também ajuda, os preços continuam altos e isso faz a demanda diminuir, impactando nos produtores [empresários] que fazem as contratações”, finalizou Constantino.

Entre os setores, o que mais gerou empregos no período compreendido entre janeiro e março de 2023 foi o de serviços, com 4.368. Seguido da construção (3.941), agropecuária (3.918), indústria (1.859) e comércio (275).

Os municípios que apresentaram o maior saldo acumulado de contratações no primeiro trimestre de 2023 foram: Ribas do Rio Pardo, com 2.948; Campo Grande, com 2.558; Rio Brilhante (690); Nova Alvorada do Sul (667); Três Lagoas (628); Dourados (445); Chapadão do Sul (442); São Gabriel do Oeste (340); Aparecida do Taboado (336); e Naviraí (335).

MENSAL

Apesar de figurar com números menores que no ano anterior, Mato Grosso do Sul teve o terceiro mês consecutivo com mais contratações do que demissões. Em março foram criados 3.680 novos empregos formais no Estado.

Sendo assim, o mês passado teve o pior desempenho do trimestre, considerando que, em fevereiro, foram gerados 5.676 empregos e, em janeiro, 4.916 postos formais de trabalho.

Os setores que mais geraram vagas foram: serviços (1.519), indústria (849) e construção (610), seguidos por comércio (400) e agropecuária (296).

Mesmo com um desempenho mais tímido, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semadesc), Jaime Verruck, acredita que os dados mensais mostram o potencial econômico do Estado. No ranking nacional, o Estado seria o 13º no saldo de vagas no mês passado.

“[Os números] demonstram que estamos no caminho certo para fomentar o desenvolvimento e a geração de empregos em nosso Estado. Continuaremos trabalhando para promover políticas públicas que incentivem o empreendedorismo e a inovação, além de fortalecer os setores que mais geram emprego e renda para a população sul-mato-grossense”.

NACIONAL

No cenário nacional o mês foi positivo, após dois meses de recuo, a criação de emprego formal subiu em março. Conforme o Caged, foram 195.171 postos de trabalho com carteira assinada abertos no último mês.

A criação de empregos foi 97,6% maior que a do mesmo mês do ano passado. Em março de 2022 foram criados 98.786 postos de trabalho. Desta forma, março teve o melhor saldo desde setembro do ano passado.

Assim como em Mato Grosso do Sul, no saldo acumulado do primeiro trimestre, houve recuo na comparação com o mesmo período de 2022. Foram abertas 526.173 vagas, queda de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Via Correio do Estado MS

 

 

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