Colheita do milho segue lenta em MS e chega a 202,2 mil hectares
Porcentagem da área colhida na segunda safra de 2022/2023 está atrasada 8,5%
A porcentagem de área colhida na segunda safra 2022/2023 está atrasada em 8,5 pontos porcentuais em relação à 2ª safra 2021/2022. De acordo com informações do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), a área colhida alcançou 8,7%.
A região central está com a colheita mais avançada, com média de 12,1%, enquanto a região norte está com 12% e a região sul com 7% de média. A área colhida até o momento é de 202.275 hectares.
O atraso se deve principalmente em decorrência do plantio tardio, pois 54% da produção foi plantada fora da janela ideal de semeadura.
De acordo com o boletim Casa Rural, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), a retirada das lavouras deve se intensificar a partir do fim desta semana.
“A colheita está lenta no Estado, com a expectativa de que o pico da colheita ocorra a partir do dia 4 de agosto. Nesse período, grande parte da produção estará em estágio avançado de maturação”, detalha o boletim.
O avanço na maturação das áreas, aliado à condição de clima seco para os primeiros dias de agosto em todo o Estado, deve potencializar a colheita da segunda safra em MS.
De acordo com dados do Siga-MS, no cenário estadual, 91,6% das lavouras estão em boas condições de desenvolvimento, 7,1% em condições regulares e 1,3% em condições ruins.
A área destinada ao milho segunda safra 2022/2023 apresenta uma expectativa de crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior (2021/2022), totalizando 2,325 milhões de hectares.
A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, o que está dentro do potencial produtivo das últimas cinco safras do Estado. Essa estimativa gera a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas, representando uma retração de 12,28% em comparação ao ciclo anterior.
“É importante ressaltar que a área ainda está em levantamento, podendo ocorrer variações para mais ou para menos em relação à área prevista”, frisa o boletim técnico.
PREÇOS
Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 24 de julho, Mato Grosso do Sul já havia comercializado 32% do milho 2ª safra 2022/2023, que representa três pontos porcentuais acima do índice apresentado no mesmo período do ano passado.
Com maior oferta do cereal no mercado, a tendência, assim como tem acontecido com a soja, é de preços abaixo do esperado. Conforme o boletim Casa Rural, a saca com 60 kg de milho apresentou queda de 40,7% em um ano.
Nesta última semana de julho, a saca do cereal foi comercializada pelo valor médio de R$ 40,13, enquanto no mesmo período do ano passado era comercializada a R$ 66,56 no mercado físico de Mato Grosso do Sul.
Via Correio do Estado MS