Cantora Kelly Lopes lança disco com quatro canções inéditas que vão do samba ao forró
Há três anos, Kelly veio para Campo Grande com o propósito de seguir sua carreira musical
Apaixonada por música desde os sete anos, Kelly Lopes passou muitos anos fugindo desse caminho.
“Eu canto desde os sete anos, porém comecei a cantar nas igrejas quando criança e segui até os 17 anos apenas fazendo apresentações gospel”, relembra.
Quando perdeu a relação com a igreja, Kelly também deixou de cantar.
“Eu omiti de muitas pessoas esse meu dom e fiquei 10 anos escondida, cantava apenas no chuveiro ou em algumas rodinhas de amigos. Não queria me comprometer nem decepcionar as pessoas, já que eu achava que não cantava bem o suficiente para agradar alguém”, conta a cantora, que lançou o primeiro EP, “Canções de Clarice”, no YouTube.
A falta de confiança que costuma atingir até as mulheres mais talentosas afastou Kelly do seu sonho até ela retornar para Campo Grande.
“Essa falta de confiança me fez perder alguns anos, mas me permitiu realizar meus objetivos no momento certo”, acredita.
Natural de Jundiaí, São Paulo, ela conhecia a capital sul-mato-grossense, mas não tinha sentido uma proximidade com o clima do Centro-Oeste.
“Há três anos eu vim para Campo Grande nesse propósito musical, já havia morado aqui por alguns anos, mas não tinha me identificado muito com a cidade. Vim morar aqui por conta da família, mas a vida me reservava ótimas oportunidades profissionais”, ressalta.
Banda
Kelly integrou as bandas Plebheus e Brisa Morena, trabalhos com propostas diferentes, mas que se encaixavam na voz da artista.
“No ano de 2018, eu entrei para a banda Plebheus e comecei a trabalhar como vocalista da banda, era meu primeiro trabalho como vocalista e fiquei basicamente um ano nessa banda acústica de pop rock. Conheci várias pessoas, comecei a cantar em vários lugares e infelizmente saí da banda”, explica.
Já no outro projeto, Kelly descobriu uma relação mais próxima com os estilos do samba, do forró e da MPB.
“Logo em seguida eu fui convidada para participar do Brisa Morena, um projeto de samba-rock, forró e MPB em geral. Me identifiquei com o grupo e me senti mais confortável com o repertório, aceitei o convite e fui fazer vários bares e festas aqui em Campo Grande também”, pontua.
“Descobri que era uma paixão cantar samba, me dediquei a aprender novas músicas voltadas para esse estilo, aprendi um pouco de forró e fizemos algumas releituras de grandes músicas da MPB”, completa.
Depois de um ano com a banda, Kelly decidiu seguir a carreira solo. O EP foi possível por meio da Lei Aldir Blanc e da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. “O estilo está bem brasileiro, contando com músicas no formato samba-rock e um xotezinho de leve”, esclarece.
Incentivo
Segundo Kelly, a carreira solo e o EP são frutos do incentivo que recebe de amigos e de familiares.
“Meu amigo Diogo Adriani, que é ator, me incentivou a entrar para o edital de música da Lei Aldir Blanc. Eu não fazia muita ideia de como seria, mas topei”, conta.
“Foi além do que eu imaginava, o Estúdio Degrau, o Studio Django e meus parceiros musicais fizeram uma entrega de um material superprofissional, formamos uma banda para a gravação do vídeo e hoje eu tenho a oportunidade de investir no meu primeiro EP, que será produzido por Leandro Perez”, frisa.
A banda do estúdio é formada por Gerson Espinosa, Luciano Sá, Felipe Nahas e Dhonattas Oliveira.
“Estou em busca de conseguir mil inscritos, o que me permite alterar o nome do canal e também monetizar meus vídeos postados lá. Acho que nesse momento inicial da carreira é muito importante o incentivo dos amigos, das mídias e da família para eu conseguir chegar onde pretendo”, acredita.
O EP terá quatro faixas, e as músicas foram compostas por Lucas Rabelo e Ygor Sanguina.
“Estou gravando também uma música com Jerry Espíndola, que será lançada fora do EP, porém ela já está disponível no meu pocket show ao vivo, que é o vídeo no YouTube feito pela Lei Aldir Blanc”, pontua.
Serviço – O show pode ser conferido por meio do link.
Via Correio do Estado