Brasileiros aderem ao Tesouro Direto, que reporta alta em dezembro
Levantamento do Tesouro Nacional
Em dezembro, as vendas de títulos públicos pelo Tesouro Direto a pessoas físicas pela internet totalizaram R$ 3,229 bilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional ontem. Esse montante representa um aumento de 12,12% em relação a novembro, porém, uma queda de 6,75% em comparação com dezembro do ano anterior.
O recorde mensal histórico do Tesouro Direto foi registrado em março do ano passado, com vendas totalizando R$ 6,842 bilhões. O último mês de 2023 foi marcado por instabilidades no mercado financeiro global, reduzindo o interesse de alguns investidores.
Em dezembro, os títulos corrigidos pela Selic (juros básicos da economia) foram os mais procurados, representando 70,3% das vendas. Os títulos vinculados à inflação (IPCA) corresponderam a 17,2%, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 9%.
Tesouro Direto
O Tesouro Renda+, destinado ao financiamento de aposentadorias e lançado no início de 2023, respondeu por 2,5% das vendas. Já o Tesouro Educa+, um título voltado para financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1% das vendas em seu quinto mês de comercialização.
O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é explicado pelo elevado patamar da Taxa Selic. Apesar das recentes reduções nos juros básicos, que estão atualmente em 11,75% ao ano, as taxas continuam atraentes.
Investidores
Quanto ao número de investidores, 312,4 mil novos participantes se cadastraram no programa em dezembro, elevando o total para 26.918.583 investidores. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 19,7% no número de investidores. O total de investidores ativos atingiu 2.479.455, com um aumento de 16,5% em 12 meses.
A preferência por títulos de médio prazo foi evidente, com 33,8% das vendas concentradas em prazos de 1 a 5 anos e 53,5% entre 5 e 10 anos. Títulos com mais de 10 anos de prazo representaram 12,7% das vendas.
O Tesouro Direto, criado em janeiro de 2002, tem como objetivo popularizar esse tipo de aplicação, permitindo que pessoas físicas adquiram títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. A venda de títulos é uma forma de o governo captar recursos para honrar seus compromissos, com a promessa de devolver o valor acrescido de juros determinados pela Selic, índices de inflação, câmbio ou taxa predefinida para títulos pré-fixados.
Via Agência Brasil