Ainda sem eleição direta, UFMS escolhe novo reitor em maio
Projeto de Lei que acaba com a lista tríplice ainda não foi aprovado definitivamente e por isso a instituição ainda terá de submeter a lista tríplice à presidência da República
Ainda pela metodologia antiga, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) prevê para maio eleição para a reitoria da instituição, cuja lista tríplice deve ser enviada para a presidência da república em junho, conforme previsão do atual reitor, Marcelo Turine, que está concluindo o segundo mandato e não pode concorrer mais.
A largada para a disputa deve ser dada na próxima reunião do Conselho Universitário da UFMS, prevista para 21 de março. O anúncio foi feito por Turine após encontro, na quinta-feira (21), com a diretora de Desenvolvimento da Rede de Ifes do MEC, Tânia Mara Francisco, e reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Até o final do ano, outras 23 universidades federais terão novos reitores nomeados pelo presidente da República. Parte delas já iniciaram o processo de escolha.
Algumas, porém, estavam aguardando a aprovação do Projeto de Lei n. 2699/11 ainda em fevereiro, mas o período de discussão e aprovação no Congresso Nacional deverá se estender até o final do ano, o que inviabiliza a escolha pela nova metodologia.
Esse projeto prevê o fim da lista tríplice que é enviada à presidência e estipula que assuma a reitoria o candidato mais bem votado pela comunidade universitária.
Mas, sem a aprovação definitiva deste Projeto de Lei, estão mantidas regras de escolha dos reitores dos últimos dez anos, mantendo os normativos legais existentes. Nesta sistemática, voto de professor, técnico e estudante tem peso diferente.
Segundo Turine, o presidente Lula, em todas as reuniões com os reitores dos Institutos e Universidades Federais, tem reafirmado que respeitará as consultas e a eleição das instituições e nomeará o primeiro da lista tríplice.
Devido às eleições municipais e à quantidade de processos de renovação dos dirigentes das universidades, a orientação do MEC é para a necessidade de agilizar o processo eleitoral, com indicação de todos os documentos obrigatórios a fim de não prejudicar a nomeação dos novos reitores, pois haverá muitos processos para análise técnica e jurídica.
Marcelo Turine assumiu a reitoria da UFMS em novembro de 2016, foi reeleito para o segundo e último mandato em 2020, com término em 2024.
ELEIÇÃO PASSADA
Em novembro de 2020, em meio à pandemia, quatro chapas participaram e a chapa dois saiu vitoriosa, com o reitor Marcelo Turine e a vice Camila Ítavo. No total, 7.903 pessoas votaram, uma participação 9,7% maior que em 2016.
Foram 1.344 votos válidos de docentes, 1.220 de técnicos-administrativos e 5.339 de estudantes. Foram computados 149 votos em branco e 177 nul1os. A chapa 2 obteve votos de 2.068 estudantes, 687 técnicos e 754 docentes, somando 42,44% dos votos válidos.
A chapa 3 recebeu votos de 1.555 estudantes, 394 técnicos e 430 docentes, totalizando 24,45% dos votos válidos.
A chapa 5 teve 460 votos de estudantes, 80 de técnicos e 85 de docentes, somando 4,94% dos votos válidos. E a chapa 1 foi escolhida por 1.256 estudantes, 59 técnicos e 75 docentes, somando 4,78% dos votos válidos.
Via Correio do Estado MS