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Capital fecha agosto com inflação perto de zero

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Habitação (-1,04) e Alimentação e bebidas (-0,6) impulsionaram a queda do IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de agosto em 0,03 em Campo Grande, índice 0,26 ponto percentual abaixo da taxa de julho, que foi de 0,29%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).

No ano, o IPCA acumula alta de 2,64% na Capital, e nos últimos 12 meses, de 4,33%.

Quatro dos novo grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), Artigos de residência (-0,35%) e Comunicação (-0,34%).

Os maior índice foi do setor de Transportes (1,12%), seguido por Vestuários (0,88%) e Saúde e cuidados pessoais (0,52%).

Despesas pessoais e Educação tiveram índice de 0,01%. Confira:

Panorama nacional

A nível nacional, o IPCA de agosto foi de –0,02% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a variação havia sido de 0,23%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), que contribuíram com -0,08 pontos percentuais (p.p.) e -0,09 p.p, respectivamente. No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (0,73% e 0,04 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,00% de Transportes e o 0,74% de Artigos de residência.

No grupo Habitação (-0,51%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,93% em julho para -2,77% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde. Além disso, foram verificados reajustes tarifários nas seguintes áreas: Porto Alegre (-0,69%), com reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias a partir de 19 de agosto; Vitória (-1,49%), com redução de 1,96% a partir de 7 de agosto; São Paulo (-3,07%), com redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias a partir de 4 de julho; São Luís (-4,52%), com redução de 1,11% a partir de 28 de agosto; e Belém (-5,63%), com redução de 2,75% a partir de 7 de agosto.

Ainda em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,44%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 8,05% em Fortaleza (6,49%), a partir de 5 de agosto; de 5,81% em Salvador (5,43%), a partir de 1° de agosto; de 4,31% em Vitória (4,03%), a partir de 1º de agosto; e redução média de 0,61% em São Paulo (-0,47%), a partir de 23 de julho.

Em Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

A alimentação fora do domicílio (0,33%) registrou variação abaixo do registrado no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.

No grupo Transportes (0,00%), a estabilidade de preços no grupo foi influenciada por movimentos de preços em sentidos opostos. Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).

Em Educação (0,73%), os cursos regulares subiram 0,76%, principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,09%) e ensino fundamental (0,57%). A alta dos cursos diversos (0,47%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idiomas (0,98%).

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,18%), influenciada pela alta da passagem aérea (21,59%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em São Luís (-0,54%), por conta dos recuos da energia elétrica residencial (-4,52%) e do tomate (-23,78%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (base). Calculado desde 1980, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Via Correio do Estado MS

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