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Estado avalia manter programa para zerar filas cirúrgicas

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Com quase R$ 16 milhões do governo federal, procedimentos oftalmológicos são contemplados no primeiro mutirão de 2024, sendo mais de 11 mil cirurgias

Após a publicação da Resolução n° 171, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), no Diário Oficial do Estado, que prevê mutirão de cirurgias oftalmológicas em todas as regiões de MS, o coordenador de Projetos Estratégicos da SES, Alessandro Pinho Salomão, aponta que há a possibilidade de extensão do Programa MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila. 

Segundo informações da Pasta, o Estado estuda manter por mais um ano a atuação do programa, que de junho a dezembro do ano passado realizou 8.871 cirurgias, 9.267 exames e 14.808 agendamentos de consultas. A atual fase do MS Saúde estará vigente até abril deste ano. 

Outra medida para diminuir as filas cirúrgicas em MS é o recurso de R$ 15.971.607,49 enviado pelo governo federal, como continuação do Programa Nacional de Redução de Filas, que se iniciou em 2023. A Resolução n° 171 prevê que os recursos federais sejam enviados para destravar 11.958 procedimentos oftalmológicos, como cirurgias e os processos pré e pós-operatório. 

“Esse dinheiro que foi disponibilizado, quase R$ 16 milhões, será totalmente destinado, por enquanto, nessa fase, para a execução de procedimentos de oftalmologia. O Programa MS Saúde vai até abril”, relatou Salomão. 

Ainda segundo fontes da Pasta, o governo estadual deve tentar novos financiamentos com o Ministério da Saúde no decorrer deste ano para diminuir outras filas cirúrgicas. A iniciativa faz parte do Programa Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas, que segue as diretrizes do Programa Nacional de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas, do Ministério da Saúde. 

FIM DA ESPERA 

Magda Felix da Silva, 64 anos, marcou ontem a sua cirurgia de catarata para abril. A aposentada relata que aguardava a cirurgia desde agosto do ano passado. Entretanto, há mais de um ano tem problemas de visão. 
“Descobri em uma consulta particular e fui ao posto de saúde para agendar consulta com um oftalmologista. Depois de um bom tempo, fui atendida e encaminhada para o Hospital São Julião”, disse. A unidade é onde será realizado o procedimento. 

Para Magda, o agendamento da cirurgia foi um alívio, pois ela está com dificuldades de enxergar e esse procedimento “é uma melhora da condição de vida”. 

PROCEDIMENTOS 

Entre os procedimentos previstos no mutirão estão a fotocoagulação a laser, que tem custo de R$ 430,44; a cirurgia de correção de estrabismo, que custa R$ 4.154,40; a cirurgia de catarata congênita, que é avaliada em R$ 2.685,48; e a facectomia com implante de lente intraocular, cujo valor é R$ 1.063,20. O procedimento de maior custo é a vitrectomia com infusão de perfluocarbono com óleo de silicone e endolaser, que é avaliada em R$ 9.403,68.

Esse procedimento consiste na remoção de parte ou de todo o humor vítreo do olho, que é o fluido gelatinoso e transparente que preenche a maior parte do interior do globo ocular. Essa cirurgia é usada para tratar diversas doenças de retina, como descolamento de retina, retinopatia diabética e presença de corpo estranho no humor vítreo. 

Segundo o edital, todas as solicitações de procedimentos oftalmológicos feitas até o dia 1° de dezembro de 2021 serão atendidas no mutirão.

Ao todo, são 10 cirurgias de catarata congênita e 496 correções de estrabismo, e o procedimento com mais pessoas contempladas é a facoemulsificação com implante de lente intraocular dobrável, que será realizado em 7.003 pacientes. O procedimento mais caro será feito em 15 pessoas. 

A facoemulsificação é a conhecida cirurgia de catarata, procedimento em que o especialista faz o implante de uma lente intraocular no olho do paciente, e esse material corrige o grau de miopia da pessoa. Na maioria dos casos, é possível corrigir 100% o grau. 

Apenas procedimentos oftalmológicos estão previstos no mutirão de cirurgias com o recurso do Ministério da Saúde. A superintendente de Gestão Estratégica da SES e coordenadora do Projeto MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila, Maria Angélica Benetasso, aponta que a especialidade foi escolhida em consenso com todos os municípios, junto da diretoria do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de MS (Cosems-MS), por ser de grande demanda em todas as regiões do Estado. 

MUNICÍPIOS 

As cidades contempladas pelo mutirão oftalmológico tiveram de solicitar adesão ao Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas em Mato Grosso do Sul, conhecido popularmente como Projeto MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila. 

Participam do projeto as cidades de Aparecida do Taboado, Aquidauana, Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Maracaju, Naviraí e Paranaíba. Cada município ficará com um valor do total enviado pelo governo federal, e o Estado ficará com a maior parte R$ 7.480.573,57. 

Campo Grande é a cidade que terá o maior repasse de recursos, sendo R$ 2.689.370,11; logo em seguida vem Cassilândia, com R$ 1.130.061,24 em investimentos; Naviraí receberá R$ 1.032.503,05; Corumbá terá R$ 960.293,32 em recursos; Dourados receberá R$ 951.649,32; e as demais receberão entre R$ 421.161,60 e R$ 154.320,00. 

Via Correio do Estado MS

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