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Mato Grosso do Sul fecha 2023 com 27,9 mil novas vagas de trabalho

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Apesar do saldo negativo de dezembro, com o fechamento de 8.401 postos de trabalho no Estado, 2023 encerrou com saldo positivo

O mercado de trabalho formal – com carteira assinada, em Mato Grosso do Sul registrou um saldo líquido positivo de 393.765 carteiras assinadas em 2023, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho.

Em todo o Estado houve um aumento de 7,20% no número de empregos formais em 2023, se comparado ao ano de 2022, que contabilizou 367.314 admissões. Já o número de demissões subiu 11,98%, no acumulado do ano. Foram 326.666 pessoas desligadas em 2022 contra 365.779 desligamentos em 2023.

O balanço geral aponta um saldo de positivo de 27.986 empregos gerados em 2023, com o estoque atualizado de 624.894 trabalhadores com carteira assinada em Mato Grosso do Sul.

Quanto aos setores econômicos que mais empregaram no ano passado em Mato Grosso do Sul, estão o dos Serviços (10.356), seguido pelo Comércio (5.521), Indústria (5.338), Agropecuária (5.100) e Construção Civil (2.671). 

Na análise do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o desafio de Mato Grosso do Sul para 2024 é intensificar o processo de qualificação profissional, visando exatamente a demanda existente.

“Temos que levantar quais são as vagas disponíveis no mercado e fazer uma qualificação direcionada, a exemplo do que já foi feito nesse ano com o projeto Voucher Caminhoneiro, já com resultados expressivos em relação ao atendimento dessa demanda”, afirma Verruck.

Campo Grande 

A capital de Mato Grosso do Sul teve um papel significativo na geração de empregos no Estado. No ano, apresentou um saldo positivo de 7.019 vagas com carteira assinada, encerrando 2023 com um estoque de 228.252 trabalhadores CLT.

Acumulado do ano, foram 139.767 admissões e 132.748 demissões. Se comparado ao ano de 2022 houve um aumento de 3,17%, já que o estoque de trabalhadore CLT era de 221.233.

Brasil registra o 2º pior resultado desde 2020

Em todo o Brasil o saldo líquido foi de 1.483.598 carteiras assinadas em 2023. O resultado do ano passado decorreu de 23.157.812 admissões e 21.774.214 demissões. No enatnto, o ano passado registrou o segundo pior resultado desde 2020, na série histórica iniciada em 2020.

O mercado financeiro esperava um novo avanço no emprego no ano, e o resultado veio abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que indicava abertura de 1.538.250 postos de trabalho. As estimativas variavam entre abertura de 1.444.786 a 1.836.747 vagas em 2023.

A abertura dessas vagas de trabalho com carteira assinada em 2023 foi puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 886.223 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 276.528 vagas. Já em 2022, houve abertura de 2.013.261 vagas com carteira assinada, na série ajustada.

Ao todo, a indústria gerou 127.145 vagas, enquanto houve um saldo de 158.940 contratações na construção civil.  Já a agropecuária registrou abertura de 34.762 vagas no ano.

No comparativo de novembro e dezembro de 2023, o mercado de trabalho formal registrou um saldo negativo de 430.159 carteiras assinadas em dezembro, de acordo com os dados do Caged.

O resultado de dezembro decorreu de 1.502.563 admissões e 1 932.722 demissões. O dado é o pior resultado para dezembro desde 2022, na série histórica iniciada em 2020. Em dezembro de 2022, houve fechamento de 455.715 vagas com carteira assinada, na série ajustada.

O mercado financeiro esperava um recuo no emprego no mês, e o resultado veio pior que o da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que indicava o fechamento de 370,0 mil postos de trabalho. As estimativas variavam entre fechamento de 463,713 mil a 71,65 mil vagas em dezembro.

Por fim, cabe destacar que o Caged entrega apenas os dados das pessoas que trabalham com carteira assinada (contrato CLT). Trabalhadores informais, como MEIs e servidores públicos não entram nesta estatística. Já dezembro é um mês que tradicionalmente tem saldo negativo, pois se encerram muitos contratos de trabalho anuais. 

Via Correio do Estado MS

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