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PL de Hashioka obriga a instalação de “ilhas de hidratação” em eventos de MS

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O Projeto de Lei 335/2023, obriga as empresas disponibilizar águas

Preocupados com o calor excessivo em que assustou os sul-mato-grossenses nesses últimos meses e os cuidados a saúde dos consumidores em shows e festivais, principalmente após a tragédia em que vitimou a jovem Ana Benavides, no Rio de Janeiro (RJ), começou a tramitar na manhã de hoje (22), Assembleia Legislativa um projeto de Lei em que obriga organizadores de eventos e shows a adotar medidas de proteção à saúde aos consumidores.  

De acordo com o Projeto de Lei 335/2023, de autoria do deputado Roberto Hashioka (União), obriga as empresas que organizam shows em Mato Grosso do Sul, a instalar “ilhas de hidratação” de fácil acesso ao público presente. A proposta também relata que as empresas deverão disponibilizar bebedouros ou distribuir embalagens com água adequada para consumo. Desta forma, que possam, assim, garantir que tanto os pontos de venda de comidas e bebidas quanto os pontos de distribuição gratuita de água estejam dispostos em regiões estratégicas; e emitir alertas e avisos, antes e durante o evento, sobre a importância da adequada hidratação, inclusive nas filas de espera.

“A proteção da vida, da saúde e da segurança são direitos básicos do consumidor. Nesses últimos dias sofremos com a onda de calor com episódios de altas temperaturas que esteve presente em vários estados brasileiros. A desidratação pode desencadear uma reação compensatória em nosso organismo, como aumento da frequência cardíaca e da frequência respiratória, fazendo a pessoa possa perder líquido e necessitar mais de água”, alertou o deputado.”, relatou o parlamentar

Para entender melhor como essa proposta será aplicada nos eventos em Mato Grosso do Sul, a reportagem do Correio do Estado conversou com o empresário, Eduardo Gomes. Ele disse que caso a proposta seja aprovada, quanto ele e as empresas de eventos vão precisar se adequar aos novos tempos. 

“Posso dizer que nada é de graça. Sobre essa tragédia no Rio de Janeiro, acho super viável a aprovação desse projeto, mas vai custar um valor. Hoje não tenho ideia o quanto vou gastar para instalar bebedouros ou disponibilizar água gratuita nos eventos. Para que possamos realizar os shows em Mato Grosso do Sul, não temos ajuda de ninguém, tiramos todos os custos do nosso bolso,  por isso caso seja aprovado essa Lei, vamos necessitar de mais ajuda, seja de outras empresas ou do próprio governo para que consigamos trazer eventos para o Estado com mais segurança”, detalhou.  

Especialistas em eventos com o público pelo Estado, o empresário disse que caso o projeto de Lei do deputado Roberto Hashioka (União), seja realmente aprovado, vão precisar se adaptar a uma nova filosofia.”Estou atento a esse projeto de Lei, por isso já estou em contato com parceiros para buscar saber o que eles estão fazendo, e assim tentar trazer algo igual para o Estado. O que posso já dizer antecipado é que os eventos de shows seja em Campo Grande ou em cidades do interior terá que mudar toda a sua estrutura para encaixar esses pontos de hidratação. Vai ser bem complicado, mas vamos tentar nos adaptar aos novos cenários”, desabafou.  
O Projeto de Lei 335/2023 seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso receba parecer favorável, será analisado e votado nas comissões de mérito e pelo plenário.

Morte de Ana Benavides, aos 23 anos, vira exemplo. 

Natural de Sonora, região norte de Mato Grosso do Sul, Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu no último dia 18, após passar mal durante o show da cantora Taylor Swift, que estreou sua turnê no Brasil no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, para um público de mais de 60 mil pessoas.

A informação foi confirmada à reportagem da por Estela Benevides, prima de Benevides, que recebeu, por telefone, a notícia do médico que tentou reanimá-la. A jovem chegou a ser enviada para o Hospital Municipal Salgado Filho, após desmaiar e ser atendida no estádio. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória.

Benevides estava na grade e acabou desmaiando no local. Segundo o enfermeiro Thiago Fernandes, 22, amigo de Benevides, ela chegou a ser reanimada no estádio por cerca de 40 minutos. No caminho do hospital, ela teve uma segunda parada.

Ana Clara chegou por volta das 20h, foi atendida, mas não resistiu, morrendo em seguida no hospital que fica próximo ao Engenhão, no Méier, zona norte da capital fluminense.

A sensação térmica registrada no local chegou a 60º C e os bombeiros contabilizaram, extraoficialmente, mil desmaios durante o evento. Nas redes, fãs reclamaram da proibição de entrada com garrafas d’água no estádio, considerando o calor forte.

Via Correio do Estado MS


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