2016 é considerado o ano mais quente da história
[Via Galileu]
Cientistas da NASA e da NOAA, agência americana responsável por monitorar a atmosfera e os oceanos, divulgaram um levantamento que afirma que o ano de 2016 foi o ano mais quente de todos os tempos. A temperatura ultrapassou em 0,94ºC a média registrada para o século 20, determinada como marco zero para a avaliação da escala.
É o terceiro ano consecutivo em que as temperaturas anuais bateram o recorde do ano anterior. Os três anos passados estão entre os cinco anos mais quentes do século 21. Além de 2015 e 2014, o planeta ficou mais quente do que o normal em 2010 e 2005.
O ano de 2016 foi fortemente afetado pelo El Niño. O fenômeno atmosférico-oceânico é caracterizado por aquecer as águas do Oceano Pacífico Tropical e, em consequência, bagunçar o clima do planeta, aumentando suas temperaturas ao liberar grande quantidade de calor e vapor de ar quente na atmosfera. Mas a principal causa, dizem os cientistas, é a contínua emissão de gás carbônico e outros gases responsáveis pelo efeito estufa no mundo.
Em São Paulo, onde a temperatura média normal é 21.1ºC, houve um aumento de 2.9ºC, ultrapassando em 0.5ºC o acréscimo ocorrido no Rio de Janeiro, que passou de 25.3ºC para 27.8ºC.
Salvador registrou uma marca de aumento de 1.3ºC em relação a sua temperatura normal de 26.6ºC e Manaus registrou uma pequena margem de mudança em relação às outras cidades brasileiras, aumentado 0.7ºC acima do normal de 28.1ºC.
As informações são de um relatório feito pelo The New York Times com base em dados fornecidos pelo AccuWaether, onde é possível observar o aumento da temperatura de diversas cidades ao redor do planeta através dos anos.
O acontecimento não trouxe surpresas para a maioria dos pesquisadores, que já haviam previsto um aquecimento gradual da Terra se as atuais condições de emissão de gases continuasse a persistir.
Diferente das previsões de clima que aparecem nos jornais, feitas a partir da sistemas atmosféricos comuns na região analisada como, por exemplo, a pressão do ar, as projeções de clima do planeta baseiam-se em padrões mais perenes e não tão instáveis.
Utilizando as informações de alterações oceânicas, variações solares, erupções vulcânicas e a concentração (agora cada vez maior) de gases do efeito estufa na atmosfera, é possível prever o comportamento térmico terrestre de meses a décadas no futuro.